olhos pequenos querem ver de menos
é melhor olhar e não ser olhado
se esconder da fera
se embrenhar na selva
que bicho é esse que a gente não come?
que bicho é esse que a gente não entende?
esse bicho comeu a gente!
nossa antropofagia não funciona mais
é preciso outras magias
batucar nossos ritmos
com os desmontes das máquinas
com os destroços dos aviões
desafiar as chaminés
domar as colheitadeiras
há de ter uma erva de morte certa
há de se fazer uma armadilha
sonharemos para receber tal sabedoria
cantaremos todas as noites
clamando aos ancestrais desta terra
´Todo dia tem seu amanhã.
ResponderExcluir(o amanhã sem fé?)
pé de chinelo.pé no chão.
bicho de pé. ração da ralé.
Da mesma forma que
as condições se modificam,
o homem também se modifica´
café requentado.
(rápidos engolem fast-food)
generosos visam
as crescentes flutuações do câmbio.
enquanto o não-farto
requenta o pão-quarto
com salame (se come)
e sonhando dorme.
a moenda esmaga
a cana plantada
em terra de gerente,
capitães, banqueiros
sultões...
meus pêsames
ao pequeno mundo
de tantos cidadãos-menos.
gado-gente. sub-servis.
ônus. o povo sem lugar marcado na economia do mercado.
o muro
escorrega pra direita
esmaga a polícia
des (conversa).
gerir sozinho a si?
nessa rua não anda auto,
dêem as mãos aos desempregados.
de pé. vá a pé.
o problema é mais em cima.
é de cunjuntura.
converse socialmente
( não sobre o social),
deixa isso pra estatística.
um mundo que simplesmente nada mude.
que dure pra sempre
onde nada dura.
só os duros guetos
sem-saída.
-mundo cão-dos deserdados
deus-sistema exclui o mundo dos coitados.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUnidos venceremos.
ResponderExcluirE muito além das palmas, onde árvores resistem em pé,
ResponderExcluira voz do bardo ecoa...