
Café com leite e açúcar
Alma e história, sangue pisado
o pingado me enraíza
senzala e fome torturada
o esquecimento boiando no leite morno
Os três filhos da minha mátria
O café negro encarcerado
o branco leite desterrado
a tristeza indígena do açúcar, rodopiando
eixo fumegante em caneca de barro
desce macia na garganta minha herança
Nenhum comentário:
Postar um comentário