I.
Negra de pai quase negro
Italiana de pai semi-italiano
Mãe portuguesa?
Branca de pele quase europeia
Na fronteira do semi, do quase e da semelhança
Ecologias de interstícios florescem uma linda mulher
Cabelos de madeixas louras e medusas africanas
indagam origens
II.
Magra, longilínea, de olhos azuis
Seu olhar corre do Egito á Madagascar
Um pé na Itália outro nos Balcãs
As mãos recolhem águas do Atlântico
e fazem chover na Amazônia
O mundo dela não tem fronteiras
Mas lá fora olhares perdidos abrem trilhas perdidas
III.
Explora a Amazônia e encontra rastros de família
traços de Cerrados
pistas tortuosas que levam as Matas Atlânticas
pistas tortuosas que levam as Matas Atlânticas
Instinto que refaz os caminhos do verde
semeando o corpo sulamericano
Florescem novas espécies no intuito dela
de festejar e florestar cidades