Agora é que são elas
As poesias não querem mais a fria tela de vidro
nem os downloads que viajam pelo ares
sem parar nem conhecer caminhos
Elas querem fazer passeata
Elas querem fazer passeata
roubar o chapéu do rei
regar desertos com versos
Não querem aterrissar no papel
Por mais branco e puro que seja
Por mais branco e puro que seja
as poesias estão à beira de um ataque de rimas
Não querem diálogo com o silêncio
querem vasculhar os cantos esquecidos da cidade
para declamar o poema da fragilidade urbana
para declamar o poema da fragilidade urbana
As poesias estão prontas para o combate
no lugar e na hora que a realidadeaceitar o desafio