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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Homo sapiens poesis


Miríades de células, veias e sangue
compondo do caos um cosmos
corpo que percebe a poesia
mas começou outro dia
á articular os ossos e os músculos da face

para fazer vibrarem as cartilagens
para descrever nadezas e abstrações
coisas que não existem no mundo das pedras e dos escorpiões
para fazer o poema foram milhares e milhares de anos
para explicar-lo ainda vai demorar um tanto

outros milhares a mais
enquanto isso versos caem das árvores
atravessam galáxias e brilham estrelas

Deus de Espinosa

Depois de intensa passagem pela vida vivida incorporar no belo, no vento na luz da manhã no pôr do sol para dar alento força aos que seguem ...