Ilha escondida no arquipélago grego, Eólia tem poucas regras aos seus habitantes. Há um deus único: o vento. Os sacerdotes são eleitos para mandatos de 10 anos e tem a missão de revelar, no solstício de inverno, as previsões do ano para a agricultura, política, bem como as punições para os faltosos do código eólico.
Tal deus em sua onipotência e clarividência entra por todos os lares, vasculha todos os segredos e lê todas as modificações no ambiente. As casas de Eólia por isso não tem portas nem janelas, e os telhados são grandes chapéus cujas abas abrem espaço para o escrutínio sagrado. Não há obrigações religiosas como a confissão ou a penitência. Aqueles que pecaram contra os preceitos da divindade atmosférica recebem como punição viver de um a três meses em uma caverna no lado sul da ilha sob o cuidado dos sacerdotes.
O cânone orientador de Eólia e seus moradores não é escrito, logo todos passam por períodos na caverna-escola para aprender o que alegra o vento. É falta leve dormir até ás 10 da manhã, e perder a brisa refrescante do amanhecer. Alterar o ângulo das aletas das centenas de cata-ventos da ilha é falta grave. A lista de faltas é extensa, e descrevem a diversidade de situações nas quais os humanos interagem com o vento.
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