Aos ateus, que sem Deus acreditam
a dificil tarefa de mergulhar
na realidade circundante
em busca de um sentido
pulsante, talvez radioativo
Da matéria saltam faiscas de luz
que retornam como bulmerangues
aos que ousam conhecê-la
A universidade de Sorbonne
abalada por uma eslava em Paris
Arte e Ciência entrelaçadas
O Polônio é verso novo
no longo poema da criação
O Rádio anuncia diferentes arranjos
aos átomos, tecidos, organismos
Louvar os infinitos recantos
escondidos de Deus e suas maravilhas
de onde nascem ateus e não ateus
Respeitar os segredos atômicos
Crer, duvidar, acreditar e negar
Em um embate sem treguas
com a divina natureza
Essa aventura humana
de tocar na árvore do conhecimento
para brincar nos campos do senhor