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terça-feira, 30 de julho de 2024

Se oía por toda Andalucía (para Jose Manuel)

Se oía por toda Andalucía.

Se oía de norte a sur

desde Santiago de Compostela hasta Málaga

Se oía por todo lado

del oro, de la gloria y de la aventura

que la tierra brasileña era inagotable fuente

Portugal y su capital Lisboa

necesitaban de marinos y soldados


Toda la región ibérica fue llamada

para explotar las Américas

Para su puerto en el río Tejo

seguirán varones de todos los cantos

en la épica búsqueda

del oro, de la gloria y de la aventura

Pero desde la travesía algunos de ellos 

miraban algo distinto:


la nueva vida

la armonía con la naturaleza

Lejos de las pesadillas medievales

Lejos de la tortura religiosa

Para ellos tenía otro nombre la búsqueda:

liberación

Entendieron temprano

lo que significaba la colonización


Transponer el horror hasta el nuevo mundo

Practicar juegos mortales en las florestas

con la sangre de los indígenas

Algunos de ellos se arrepentirán

con que hacían los conquistadores

Algunos volverán a Europa con vergüenza 

con pesada soledad dejarán para tras

el buen vivir de los puebles nuevos


de vuelta a pesadilla de lo sagrado

de vuelta a los mitos griecos y romanos 


segunda-feira, 29 de julho de 2024

Empreender não é preciso

Empreender não é preciso

Resolver problemas é necessário

Criar problemas

para vender soluções não é preciso


Criar escassez na abundância

concentrar o excedente da colheita

diminimuir os vencedores

não é preciso


É preciso viver na abundância

viver na certeza da troca justa

conspirar pela bonança

pelo belo dos corpos


entrelaçados ou não

almas em comunhão

Planejar não é preciso

Futurar sem faturar 


É preciso sonhar


quarta-feira, 17 de julho de 2024

Pobre Poesia

Vil mercadoria

Qualquer uma é musa

Qualquer um é artista

Bastarda pratica de usar a sagrada língua

Maldita mundana poesia


Você vai com qualquer um

Adora se fazer popular

Populista diz que a beleza é de todos

Quem pensas que é?

Os ilustrados queimar-te-ão 

em praça pública


És copia do que já foi dito

Muambeira vendedora de ilusões

Todos têm sensibilidade?

Achas que  farás melhor a vida?

Seu lugar é na boca dos bêbados e mambembes

Relegada às conversações dos fracassados


Esta felicidade gratuita que tens nos lábios

Irritantemente pedes a correção

Muito mais do que os 7 teus pecados capitais

O teu atenta contra a civilização

Sem etiqueta se contenta com tão pouco

Não lestes em italiano, inglês ou alemão


Por que estranhamente cais no gosto popular?

Entretens a massa de sua violência sanguinária

Por imperativo político apenas

em liberdade vigiada por enquanto

És pão e circo no coração da gentalha

contenta-se com o pôr do sol

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Silenciar á moda dos Geometras

A felicidade é um jeito de caminhar

pelo mundo evitando atritos desnecessários

É preciso divisar de perto

os silêncios encaixados da mera excitação

Seguir em uma trilha na densa floresta


onde é fácil se perder

O encaixe destes silêncios notáveis

produzirá máximas potências do ser

orientando este espaço interno infinito

onde cabem universos


Diferente da ausência de ruído

se pudessemos ouvir essa sinfonia

do ser que evolui em silêncio

entenderiamos a granulariedade

da alegria em construção

domingo, 7 de julho de 2024

Domingo á tarde

Nesse remanso no tempo

em algum momento qualquer

entre a atividade e o repouso

vem o momento do acerto de contas

no qual a vida pede recibo

dos frutos colhidos

das sementes e ferramentas

disponíveis á decisão

Águeles que passaram

pelo cabo da Boa Esperança

não é possível evitar esse espaço

entre as mais terríveis dúvidas

e a mais poderosa esperança

de cumprir o chamado de dentro

mesmo sob o intenso ruído de fora

Cora

Cora, Cora!

Corre, corre

para a vida!

Confia, confia

Estas a fazer bonito

Oh, querida miuda

Diria se fosses portuguesa

Mas és lina, linda

Tens um lina na Cora

tens uma Cora na Lina 

Coralina, a poetisa de Góias

faria 12 poemas para Cora

Eu fiz apenas um

Corado estou pelos versos

pela vida dessa menina

Cora, Cora!


segunda-feira, 1 de julho de 2024

Natura Vindictae

As tristes figuras chegam até mim 

Em seu último suspiro

o esqualido leão ruge

da magra mandibula sem dentes


os ossos furando a pele

para o último abraço meu

enquanto o bebê de fraudas negras

jaz ao seu lado sem ânimo


A despedida era apenas o aviso

Hordas de leões invadem as cidades

para arrastar os humanos

para fora da natureza

 

"Nunca fomos modernos"

disse Bruno Latour

Mas o que se ouve é:

"Vocês nunca foram o centro"


O desepero diante da revanche natural

se espalha por todos os cantos

Um chamado profundo do Tao

pede a proteção ao que restou


Um político ainda tenta discursar

antes de escapar...

É pesada a hora 

da natura vindictae


Do futuro

Se diz por ai que a internet foi inventada na gringa No caso de uma guerra global as comunicaçãos seguiriam Como a guerra não foi declarada ...