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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Do futuro

Se diz por ai que a internet

foi inventada na gringa

No caso de uma guerra global

as comunicaçãos seguiriam


Como a guerra não foi declarada

segue escondida nas periferias

As comunicações continuam

As pessoas vivem escondidas


Correndo e temendo

uma granada, uma explosão na cabeça

Entrincheiras na frente das telas

em busca de uma mensagem


decodificada e protegida 

de qualquer virus ou ameaça

como se na guerra vivessemos

com corpos tombados na estrada


enquanto jogamos simulações

parecidas demais com aquela vida

quando conversavamos com os vizinhos

antes das redes sociais


antes da mudança do clima

quando respiravamos sem ventiladores

Talvez tudo isso seja uma preparação

para quando o futuro chegar


Talvez seja tudo simulado

para quem e quando

para onde e como 

o futuro chegar


Uma dia a gente desperta do meme

do game, do mico dos algoritmos

para rodar nossos códigos 

nas máquinas da liberdade


a partir das infinitas possibilidades

dos hipertextos compartilhados

nas conversas dos compadres e comadres

muito bem informadas

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Quem precisa de nomes?

Era uma rua sem nome

de uma cidade sem nome 

de um país como tantos outros

com cidades e ruas sem nome


Mas aquela rua que via da janela

era de um grupo de gatos elegantes

De uma elegância sem igual 

Até o transformador no poste ronronava


Tratados por uma mulher sem nome

eram como infinitos pousados no agora

onde o amanhã não tem cheiro 

Os gatos existem no presente


Gatos de rua então são livres

na felicidade indefinível

entre a presença e a liberdade

Quem precisa de nomes?



Do futuro

Se diz por ai que a internet foi inventada na gringa No caso de uma guerra global as comunicaçãos seguiriam Como a guerra não foi declarada ...